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terça-feira

Após polêmicas, Polícia Militar dará cargo burocrático para Styvenson

O futuro do capitão Styvenson Valentim, chefe de operações da Lei Seca, muito provavelmente será longe das ruas e avenidas de Natal. O Comando Geral da Polícia Militar aguarda o fim das férias do PM e o seu retorno às atividades, o que deve acontecer até o fim da próxima semana, para definir qual será a nova função atribuída ao icônico agente de segurança pública, notabilizado e reconhecido pela opinião pública em função da sua forma de trabalho à frente da Lei Seca.
A única certeza, no entanto, é de que Styvenson será afastado do trabalho ostensivo que vinha desenvolvendo nos últimos anos e passará a atuar no setor administrativo da Polícia Militar, provavelmente dentro do próprio Quartel da PM. A informação foi confirmada ao NOVO pela assessoria de comunicação da Polícia Militar.
Há ainda a possibilidade, embora remota, de que Styvenson Valentim continue cedido ao Detran/RN, órgão responsável pela fiscalização e aplicação da Lei Seca no estado. Para que isso aconteça, contudo, será preciso que a pasta dê garantias de que o trabalho do capitão será feito apenas nos gabinetes, sendo o comando de fato da operação repassado para as mãos de outro agente de segurança.
Na concepção da cúpula da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do estado (Sesed), a mudança de cargo será benéfica para Styvenson, uma vez que o afastará dos holofotes e o deixará longe de possíveis polêmicas que pudessem desgastar a sua reputação tanto no âmbito militar quanto perante a sociedade em geral. “A intenção com a mudança é preservar a imagem de Styvenson. Ele, pela sua postura correta na Lei Seca, ganhou uma projeção muito grande e um respeito por parte da população. Não queremos que ele perca esse prestígio por causa das polêmicas que se envolve”, explicou a PM por meio de sua assessoria de comunicação.
A última polêmica ligada ao nome de Styvenson aconteceu no final do mês de maio e causou uma turbulência nos bastidores da Secretaria de Segurança Pública. Em uma sequência de áudios que circularam através do Whatsapp, Styvenson afirmou que "policial civil ganha muito bem para não fazer nada. Delegado ganha 23 mil reais para não fazer nada", entre outras declarações.
As críticas feitas por Styvenson não foram bem recebidas pela Polícia Civil e nem pela Secretaria de Segurança Pública. Logo após o vazamento dos áudios, o Comando Geral da PM solicitou que Styvenson fosse devolvido ao batalhão onde está lotado.
Nem mesmo um pedido de desculpas escrito e publicado pelo capitão em sua página oficial no Facebook foi suficiente para impedir que fosse instaurada uma sindicância para apurar a sua conduta. O processo está sendo conduzido em segredo pela Polícia Militar. A assessoria de comunicação da PM não ofereceu mais informações sobre o assunto, que é tratado com cautela pela corporação.
Se for condenado, Styvenson pode pegar pena que vai desde uma simples advertência verbal até mesmo prisão administrativa. Ele será julgado de acordo com o Regulamento Disciplinar Militar.
A reportagem do NOVO tentou entrar em contato com o capitão Styvenson Valentim ontem para tratar sobre o assunto. Porém, até o fechamento desta edição, nossas ligações telefônicas não foram atendidas e nem nossas mensagens de texto respondidas.
Procurado, o Detran/RN informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que vai aguardar o retorno de Styvenson das férias e a definição por parte do Comando Geral da Polícia Militar sobre qual será o futuro do capitão para se posicionar oficialmente. Por ora, o órgão segue contando com a contribuição do capitão para o desenvolvimento da Lei Seca.
Enquanto Styvenson está longe de suas atividades, a condução da operação Lei Seca tem sido feita pelo subcoordenador do projeto, o capital Isaac Paiva. O nome de Isaac, inclusive, é um dos cotados para assumir a vaga deixada por Valentim.

Fonte: Novo Jornal

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