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quarta-feira

Tropa de Choque da PM entra na Penitenciária de Alcaçuz no RN

Policiais farão a triagem de presos que serão transferidos para outra unidade

NATAL — As tropas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) entraram por volta das 15h desta quarta-feira no presídio de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal, para dar início à triagem de cerca de 200 presos ligados à facção 'Sindicato do RN', que serão tranferidos para o Presídio Estadual de Parnamirim (PEP).
A entrada do presídio foi isolada e familiares de presos que estavam no local foram retirados. O helicóptero da Polícia Militar sobrevoa a unidade para dar apoio à ação. No início da tarde desta quarta-feira houve intensa negociação entre policiais que atuam nas guaritas da penitenciária e presos para a operação.
Na terça-feira, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou que a Polícia Militar só entraria na prisão "em caso de extrema necessidade", para evitar um massacre.
— Se a polícia entrar dentro do presídio, pode haver novas mortes, confrontos policiais, aí vai ser um novo Carandiru. Temos que evitar isso. Vamos entrar em casos de extrema necessidade — ressaltou Faria, ontem.
Pela manhã, a Secretaria estadual de Segurança do Rio Grande do Norte transferiu 119 detentos do Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), na região metropolitana de Natal, para o Complexo Raimundo Nonato, na Zona Norte da capital potiguar. A intenção do governo é fazer uma remanejamento de presos nas unidades para acomodar parte dos detentos de Alcaçuz.
Os detentos do PEP já chegaram na unidade da Zona Norte, onde 530 presos estão custodiados. Fontes afirmam que internos de Alcaçuz serão transferidos para o PEP, mas ainda não se sabe oficialmente quantos, nem em quais condições isso ocorrerá.
Os cinco chefes da facção que comandou o massacre de Alcaçuz pediram a transferência deles para presídios federais. De acordo com o delegado-geral adjunto, Correia Junior, eles falaram pouco no depoimento, mas deram "informações importantes" à polícia.
O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte identificou até esta quarta-feira sete dos 26 corpos de detentos mortos durante guerra entre facções na Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal. A maioria (15) foi decapitada, e dois foram carbonizados. Segundo o instituto, o trabalho de identificação dos cadáveres pode demorar até um mês.

Fonte: O Globo

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