- Jesus tá te vendo.
O homem olha, olha, mas nada vê e continua seu serviço. Logo depois, ouve de novo:
- Jesus tá te vendo...
O ladrão, ateu, começa a se preocupar, mas não dá muita bola e continua a mexer na porta. Ouve então pela terceira vez:
- Jesus tá te vendo!..
Então ele percebe que a voz vem de uma árvore, logo à sua frente. Vai até ela, procura, procura... e vê um papagaio. Respira aliviado, e diz:
- Ah... então é você o tal Jesus?!..
E o Papagaio responde:
- Eu não!! Eu sou o Judas!.
- E quem foi o maluco que colocou o nome de " Judas " em um papagaio?!..
- O mesmo que colocou o nome de " Jesus " nesse Pitt Bull que tá até babando, atrás de você!..
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei
que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de
casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves
ruidos que vinham la de fora, até ver uma silhueta
passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas
janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito
preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão
ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o
meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já
estava no interior da casa. Esclareci que não e
disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto
para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que
fosse possível.
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz
calma:
- Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu
quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o
ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho
guardada em casa para estas situações. O tiro fez um
estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua
cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do
resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos
humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava
olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele
estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante
da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e
disse:
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém
disponível.
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