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segunda-feira

Relatos de um pesquisador eleitoral

No post dessa semana irei relatar uma experiência muito gratificante e que vai compor o meu currículo.

Nos dois últimos dias participei de uma pesquisa eleitoral, onde fui um dos entrevistadores, a pesquisa aconteceu em 12 bairros aqui de Natal, eu coletei dados em quatro bairros, para ser mais específico, os bairros foram: Mãe Luiza, Planalto, Felipe Camarão e as Quintas.

Cada bairro tem uma peculiaridade eleitoral, são redutos de políticos antigos e que de alguma maneira desenvolveram trabalhos nestes lugares, uns tem fundações outros doam alimentos, há também quem faça consultas médicas de graça. Foi ficando cada vez mais claro no decorrer da pesquisa, que os nossos políticos usam métodos puramente populistas para conseguirem seus votos.

Mãe Luiza, um bairro bastante violento e pobre, muito pobre onde o acesso é difícil, ladeira para todo lado, pequenos corredores onde quem não conhece pode se perder facilmente. E neste lugar vimos que um candidato que distribui atendimentos a população de graça leva um pouco de vantagem, há também aqueles eleitores que tem uma paixão por seus candidatos, onde eles criam até apelidos, se comportam como se conhecesse a pessoa pessoalmente.

O Planalto é a exceção, o único em que não vimos nenhum morador falar fervorosamente por um candidato, um bairro muito grande, onde apenas as ruas principais têm calçamento, varias ruas sem pavimentação, os eleitores dizem que votariam em quem ajudasse o bairro.

Felipe Camarão um dos mais violentos da nossa capital, foi onde um candidato mostrou mais força, de cada três eleitores dois diziam que iam votar nele. Os moradores têm muita gratidão por ele, ao serem questionados por que votar nele, não havia dúvida na resposta: ele ajuda quando uma pessoa da família morre dá o caixão, doa um remédio, tem ambulância para levar que precisa. Como um bom aluno de geografia fui analisando a paisagem e nela se via um cenário de pobreza, falta de estrutura, saneamento básico e saúde. Mais infelizmente a população não entende que o dever do político é melhorar nossas condições e não fazer pequenas bem feitorias.

As Quintas está dividida por dois candidatos: um muito antigo e que tem uma fundação neste bairro, o outro é um jovem candidato que está investindo pesado em propaganda, e ainda tem o pai o ajudando nos bastidores. Outro bairro pobre e que tem a população grata pelas “boas ações” que eles fazem.

Um outro ponto bastante interessante é que um número bastante grande de eleitores estão indecisos, outros votam em determinado candidato por que toda eleição só vota nele, outros dizem que só vota se receber dinheiro, há também os mau educados, os grossos, e os jovens que nem sabe quantos senadores tem que votar. Infelizmente vai demorar para que o nosso quadro mude.

Entrevistei 206 pessoas de diversas idades entre homens e mulheres.

Magno Elias Guimarães é acadêmico do curso de Geografia, reside em Natal/RN e colabora com este espaço escrevendo sempre as segundas-feiras.

Um comentário:

e vou conquistar o voto de ma~e e de pai disse...

não quero saber de pesquisa quero é votar no meu professor flaviano. e no seu candidato a governo.