Com 574 mil pessoas que não sabiam ler nem escrever em 2009, o Rio Grande do Norte tem a sexta maior taxa de analfabetismo do Brasil, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2009), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O contigente representa 19,51% da população potiguar, com uma concentração maior na faixa etária de pessoas com 60 anos ou mais, totalizando 155 mil analfabetos.
"A taxa está bastante alta, bem acima das outras regiões do país, mesmo apresentando uma diminuição em relação aos anos anteriores", fala Ivanilton Passos, diretor de Comunicação da seção potiguar do IBGE. Em 2002, esse índice relativo estava em 24,57% ou 647 mil pessoas com cinco anos ou mais. Passos afirma ser necessária uma maior atuação dos governos estadual e federal para implementar políticas de alfabetização de adultos. "A maioria dessas pessoas está aposentada, com pouco estímulo para frequentar os bancos das escolas", diz ele.
Renda
Os dados referentes ao trabalho apontam uma evolução do rendimento médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais ocupadas no Rio Grande do Norte, aumentando de R$ 396 em 2002 para R$ 703 em 2009, ficando na segunda posição na região Nordeste e sendo superado apenas por Sergipe, com R$ 743. "Apesar da crise financeira internacional (entre outubro de 2008 e abril de 2009), a renda não foi atingida", fala o economista.
De acordo com Passos, a PNAD aponta que, embora tenha havido um aumento significativo da renda entre 2002 e 2009, a desigualdade ainda permanece aguda. Das 1.473.000 pessoas ocupadas de 10 anos ou mais em 2009, 259 mil recebiam até meio salário mínimo e 206 mil trabalhavam sem rendimento, recebendo apenas benefícios (alimentação, roupas e/ou moradia). Somente 7 mil pessoas ocupadas ganhavam mais de 20 salários mínimos.
O Produto Interno Bruto (PIB) - soma dos valores de todos os produtos e serviços gerados na economia em um ano - do Rio Grande do Norte em 2007 (os dados são apurados por entidades estaduais) foi de R$ 22,926 bilhões, sendo que 60% está concentrado em Natal, Mossoró, Guamaré, Parnamirim e São Gonçalo.
Em relação ao seu trabalho principal, a maioria das pessoas de 10 anos ou mais ocupadas, 60,6% (ou 865 mil trabalhadores) não contribuiram para o a Instituto da Previdência, criando sérios problemas para o mercado de trabalho do estado, segundo Passos.
Em 2002, 35,29% dos empregados de 10 anos ou mais tinham registro em carteira de trabalho, enquanto esse número saltou para 48,09% em 2009. "Nesse período, houve crescimento econômico, com aumento do número de domicílios com computadores, por exemplo, mas os indicadores sociais precisam melhorar.
Fonte: Diário de Natal
Um comentário:
CONVITE
Arrastão da Juventude com Flaviano Monteiro e Fábio Faria, sábado, 11, às 19h. (Saindo da Rua Adrião Bezerra e percorrendo as principais ruas da cidade com encerramento na Praça Robson Lopes).
Venha você também abraçar o Professor Flaviano e toda a Nova Geração!
Assessoria do Prof. Flaviano
Postar um comentário