Dez pessoas, entre elas três adolescentes, foram indiciadas pelo estupro de cinco mulheres e pela morte de duas delas em uma festa de aniversário realizada no último dia 12, em Queimadas (141 km de João Pessoa). O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (22) pela delegada Cassandra Duarte, e até o final do dia deve ser encaminhado ao Ministério Público, que vai decidir se apresenta ou não denúncia contra os acusados.
Conforme o inquérito, o grupo é responsável pelos crimes de estupro, morte, formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Dentre os acusados estão os irmãos Eduardo e Luciano Santos Pereira. Este último teria sido o mentor intelectual da tragédia que chocou a opinião pública. Segundo as investigações, o estupro coletivo seria um “presente” de Luciano para Eduardo, o aniversariante.
A denúncia inicial que chegou ao conhecimento da polícia foi de que homens armados teriam invadido a casa onde a festa era realizada e anunciado o assalto. Em seguida, o grupo teria estuprado as mulheres que estavam no local. Após roubar os pertences dos participantes, o grupo teria ido embora levando duas das cinco mulheres, as quais foram mortas no caminho. A frieza dos denunciados diante da barbárie fez a polícia desconfiar desta versão.
Horas após a tragédia, a polícia desvendou a história e prendeu os acusados, incluindo o aniversariante. Tudo teria sido planejado com antecedência. Até máscaras carnavalescas foram comprados semanas antes. A recepcionista Michele Domingos da Silva, 29 anos, e a professora Isabela Frazão Monteiro, 27, foram mortas porque reconheceram os acusados durante o estupro.
"Intenção não era matar", diz indiciado
O alvo inicial da violência sexual seriam duas convidadas, mas outras três também acabaram sendo violentadas. Parte dos envolvidos assumiu participação, mas disse que a intenção não era matar as jovens. Um dos irmãos disse que estuprou as mulheres, mas negou envolvimento nos homicídios. O outro irmão, Luciano, negou todas as acusações.
Devido ao clima de consternação que se espalhou pela cidade, a prefeitura de Queimadas cancelou os festejos carnavalescos que aconteceriam dias depois. Simultaneamente, a Justiça proibiu o uso de máscaras até hoje, quarta-feira de Cinzas.
A proibição atendeu a um pedido do Ministério Público, que usou como argumento o fato de que os acusados usaram máscaras de Carnaval durante o crime. Os sete acusados estão em presídio de Segurança Máxima em João Pessoa, e os três adolescentes, no Lar do Garoto, no município de Lagoa Seca (132 km de João Pessoa).
Fonte: Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário