Houve 27,5 mil homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte no Brasil de janeiro a agosto de 2019; no mesmo período de 2018, foram 35,4 mil. Todos os estados registraram uma redução nos crimes. Ferramenta criada pelo G1 acompanha as mortes violentas mês a mês.
O Brasil teve uma queda de 22% no número de mortes violentas registradas nos primeiros oito meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Somente em agosto, houve 3,1 mil assassinatos, contra 3,9 mil no mesmo mês do ano passado. Já no período que engloba os oito meses, foram 27.517 mortes violentas — 7,9 mil a menos que o registrado de janeiro a agosto de 2018 (35.422).
A tendência de queda nos homicídios do país tem sido mostrada pelo G1 desde o balanço de 2018 – a maior queda dos últimos 11 anos da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 13%. Já no 1º semestre deste ano, a queda foi de 22% – percentual que se mantém.
O número de assassinatos, porém, continua alto: 114 pessoas morreram por dia, em média, no país em 2019.
O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Razões para a queda
Nos três estados com a maior queda (Acre, Ceará e Rio Grande do Norte), integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades apontam algumas medidas para explicar o fenômeno. São elas:
ações mais rígidas em prisões, como constantes operações de revistas e implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)
isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima
criação de secretaria exclusiva para lidar com a administração penitenciária
criação de delegacia voltada para investigar casos de homicídios
integração entre as forças de segurança e justiça
maior investimento em inteligência policial
adoção de programas de prevenção social
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário