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sábado

RN teve 37 mortes de grávidas ou puérperas por Covid-19 desde o início da pandemia

Nesta sexta-feira (28) é comemorado o 'Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna'. Grávidas estão nos grupos prioritários de vacinação contra a doença.
Ana Karine, de 36 anos, estava grávida da filha Angelina quando foi contaminada pela Covid-19 em fevereiro deste ano. Em estado grave, ela esperou por cinco dias por um leito de UTI para tratamento da doença. Quando conseguiu, precisou realizar um parto de urgência, mas não resistiu.
Além de Angelina, ela deixou outros quatro filhos: Karol, de 19 anos, Judson, de 12, Maicossuel, de 9, e Miguel, de 6.
Karine é uma das 37 gestantes ou puérperas que morreram por Covid-19 no Rio Grande do Norte desde o início da pandemia, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
O número de grávidas vítimas da doença é maior do que por todas as outras causas juntas, os considerados óbitos maternos, que foram 28 neste período.
"As crianças ainda sentem muita falta dela. É bem difícil, porque vez por outra eles perguntam, querem saber onde a mãe está e a gente não tem muita resposta", falou Janildo Jales, viúvo de Ana Karine.
Esse grupo é considerado de risco para a doença e já tem a vacinação iniciada em alguns municípios. Em Natal, as grávidas e puérperas com comorbidades estão sendo vacinadas.
Assim como Ana Karine, outras gestantes não conseguiram resistir à luta contra a doença. No início de maio, a agente penal Flávia Roberta do Nascimento Negreiros, de 33 anos, também perdeu a vida para a Covid-19 e deixou um bebê recém-nascido.
Em março, Amanda Gabriela Lima, de 30 anos, também precisou fazer um parto de emergência, salvou o bebê, mas não resistiu às complicações da doença.
Esta sexta-feira (28) marca o "Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna". Por isso, a Maternidade Januário Cicco realizou um trabalho específico para saúde da mulher gestante, reforçando os cuidados que devem existir durante a gravidez e o perigo da Covid-19 para as futuras mães.
"As mulheres precisam entender que a Covid-19 é uma doença que mata. A mulher grávida tem outro parâmetro que pode comprometer essa doença, seja a deficiência da imunidade ou uma condição maior para ter trombose", disse Maria da Guia Medeiros, gerente de atenção à saúde da Maternidade Januário Cicco.
A especialista alerta ainda que, em caso de qualquer manifestação dos sintomas da Covid-19, a gestante deve procurar algumas unidades de saúde nos primeiros sinais.

Fonte: G1

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