Foram detidos preventivamente os avós, a tia, a mãe da criança e um ‘líder religioso’. De acordo com a investigação, o homem teria jogado álcool com ervas no corpo de Maria Fernanda e, em seguida, ateado fogo com uma vela. “A vítima morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% de seu corpo”, informou a corporação em nota.
Inicialmente, o caso chegou à Polícia Civil como um acidente. Os envolvidos relataram que a menina teria se queimado em um incidente com álcool doméstico e uma churrasqueira. Contudo, “as investigações apontaram para a participação da criança em um ritual espiritual”, informou a corporação.
Também foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão. Celulares e documentos foram apreendidos.
Investigação
De acordo com o delegado Murilo Antonini, a participação dos familiares da vítima é investigada como um possível caso de homicídio com dolo eventual, que ocorre quando os agentes do crime assumem os riscos de cometê-lo através de suas ações.
— O dolo eventual deles é no sentido de que tinham o dever de agir. Eles ficaram passivos vendo aquele espetáculo de horror — diz o delegado.
Já a participação do líder espiritual está sendo entendida pela Polícia Civil como um caso de homicídio doloso. No depoimento prestado nesta quarta-feira, o homem disse não se recordar dos momentos que antecederam a morte da menina.
— É impossível um homem médio achar que o álcool em contato com uma vela acesa não vai sofrer combustão. A motivação dele não sabemos — afirmou ainda Antonini, antes de apontar que novos fatos podem alterar a linha de investigação da polícia.
O ritual teria sido feito pela família como uma tentativa de curar a menina, que teria constantes episódios de febre e dor de garganta.
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