Uma engenheira civil de 29 anos morreu, em Belo Horizonte, após se submeter a uma cirurgia plástica para implantar próteses de silicone nos seios e passar por uma lipoaspiração na cintura. A família de Júlia Moraes Ferro diz que não foi procurada pela direção da instituição médica onde foi realizada a intervenção, na zona sul da capital mineira, e entrou na justiça. O caso foi registrado na delegacia de homicídios da cidade.
Segundo a mãe da engenheira, a vigilante Patrícia Moraes, Júlia trabalhava em uma empreiteira da mineradora Vale e morava em Santa Bárbara, a pouco mais de cem quilômetros da capital. O sonho da filha era implantar silicone nos seios. "No dia da cirurgia, eu perguntei se ela estava bem, se estava nervosa. Ela me pediu forças, eu dei força".
Júlia foi submetida à intervenção no dia 8 de abril, acompanhada de uma prima médica, de uma tia e do namorado. Durante o procedimento, ela teria sofrido uma parada cardiorrespiratória.
Segundo Patrícia, a filha precisou ser internada em um hospital por quatro dias, e os exames não identificaram o motivo da piora do quadro clínico dela após a cirurgia. Intubada, ela precisou novamente ser transferida para outro hospital da capital. Patrícia afirma que Júlia não tinha comorbidades e era saudável, mas que, até agora, não há informação sobre o que teria levado à parada cardiorrespiratória.
Após mais 11 dias internada, Júlia foi diagnosticada com morte encefálica, em 23 de abril. Ela foi enterrada na segunda-feira (25).
“Ela estava com o corpo lindo, mas essas meninas cismam (de fazer plástica).”
Para os familiares, o importante agora é descobrir o que aconteceu. "A clínica nunca me procurou, e eu quero esclarecimentos sobre o que levou ao óbito dela", resume.
Fonte: Uol
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