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terça-feira

Marido da mulher indiciada por matar as filhas em Edéia poderá ser investigado por crime sexual, diz delegado

Segundo a polícia, caso não tem relação com as investigações da morte das crianças, mas os indícios do relacionamento abusivo surgiram durante a apuração do homicídio. Novo inquérito deve ser aberto.
O marido da mulher indiciada por matar as filhas em Edéia, no sul de Goiás, poderá ser investigado por crime sexual contra a esposa. De acordo com o delegado Daniel Moura, durante as investigações do crime de homicídio surgiram informações sobre a existência de um relacionamento abusivo.
"Houve indícios no inquérito que ela se sentia pressionada psicologicamente a se relacionar com o marido", explicou o delegado.
De acordo com a polícia, o inquérito em questão ainda não foi aberto. Além disso, Daniel Moura ressaltou que o caso não tem relação com as investigações da morte das pequenas Maria Alice Alves de Souza Barbosa e Lavínia de Souza Barbosa. Como o nome do homem não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar sua defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
O delegado ainda detalhou que como os indícios do crime contra a dignidade sexual foram identificados pelos depoimento colhidos no decorrer da investigação do homicídio, "foram extraídas cópias das declarações prestadas no outro inquérito policial".
"Vai ser averiguado se houve crime contra a dignidade sexual e, em caso positivo, qual crime", esclareceu.
"Vamos averiguar em que se consistia essa pressão", completou.
O delegado ainda mencionou que, durante os depoimentos, também tiveram relatos de agressões físicas mútuas entre o casal.
Homicídio e indiciamento
Izadora Alves de Faria, de 30 anos, foi indiciada pela Polícia Civil no último dia 6 de outubro. Ela chegou a confessar o crime e contou em depoimento que ela pediu ajuda para fazer tratamento psiquiátrico antes das mortes, mas não fez.
"A mãe disse que o casal tinha muitas brigas, mas com as crianças a relação era tranquila, ela não era violenta com as meninas. Ela também já tinha pedido para ser internada, mas a família não internou", detalhou o delegado.
A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) informou que, a pedido da família, representa legalmente Izadora Alves de Faria, a fim de garantir o seu amplo direito à defesa, em virtude da sua hipervulnerabilidade. Na última semana, A DPE ingressou com pedido de transferência da mulher para hospital psiquiátrico, o que foi acolhido pelo juízo. Desde a terça-feira (4), a defensoria também atua em sua defesa no âmbito criminal.

Fonte: G1

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