"Morreu nos meus braços", lembra o mestre de obras Francisco Claudenilson Dantas, sobre a esposa, Rossileny Silvino Ribeiro Dantas, de 37 anos, assassinada no último sábado (25) em Mossoró, no Oeste potiguar. O cunhado da mulher, apontado, como o autor do crime pela Polícia Civil, fugiu e não foi preso até esta segunda (27).
Francisco Claudenilson, 38 anos, era casado com Rossileny há sete anos e ajudava nos cuidados dos dois filhos que ela tinha de outro relacionamento, de 11 e 13 anos. Segundo ele, o assassinado ocorreu durante uma briga entre a mulher e o marido da irmã dela, após uma discussão entre crianças da família.
Ainda de acordo com Francisco, as famílias moravam perto uma da outra, e Rossileny foi almoçar na casa da irmã, no sábado. Ele também foi ao almoço, mas voltou para casa ainda no início da tarde, enquanto a esposa permaneceu no local.
Francisco voltou à casa onde o crime aconteceu no fim da tarde, para buscar Rossileny.
"Escutei uma discussão da esquina, ouvi a voz alterada da minha esposa. Cheguei, perguntei o que estava acontecendo, e ela disse que estava dizendo umas verdades. Peguei na mão dela duas vezes para levar ela para casa. O pai dela também. Mas ela quis ficar", relatou.
Ainda de acordo com o marido, a situação parecia mais tranquila quando ele começou a fazer o caminho de volta para casa.
"Acho que um minuto e meio depois, quando eu viro na esquina, escuto os gritos. Na mesma hora, voltei na carreira, pensando que ele estava fazendo mal à esposa dele, mas, quando cheguei, já vi minha esposa baleada. Ele não estava mais. Assim que ele fez isso, entrou no carro e foi embora", disse Francisco.
Francisco disse que ele e outras testemunhas realizaram massagem cardíaca em Rossileny por cerca de 20 minutos, mas ela não resistiu aos ferimentos. Ainda de acordo com ele, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local 50 minutos após o fato.
"Ela morreu nos meu braços. Eu esperava ela reagir, mas foi perdendo os sinais, a pulsação, ai não tinha como", disse.
Francisco confirmou a versão da Polícia Civil de que o atrito entre a esposa e o cunhado começou por causa de uma discussão entre as crianças da família - porém, ele afirma que os dois já não tinham um bom relacionamento.
"Ele já vinha com uma raiva dela, porque ela sempre se metia. Ele batia na esposa e minha esposa se metia. Porque ela não era uma irmã, era uma mãe. Ela cuidava do pai dela, da mãe, dessa irmã e de outro irmão. A minha mulher era praticamente uma mãe para a irmã. Devido às circunstâncias, ela foi se envolvendo, porque queria o bem deles", relatou.
O marido de Rossileny ainda afirmou que foi ela quem conseguiu a casa alugada, para a irmã morar, bem como ajudou na mudança do casal para o bairro.
A Minha esposa pagou com a vida por fazer o bem. Para mim, ele já vinha planejando. Eu quero que ele seja preso e quero que ele pague por crime premeditado. Ele premeditou o crime contra a minha esposa. Como é que ele já tinha uma arma embaixo da cama, pronta para uso?", questiona.
Segundo ele, a irmã de Rossilene e o suspeito do crime estavam juntos há cerca de um ano e meio.
Fonte: G1
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