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terça-feira

Entrevista com o ex-vereador Gildo Pinheiro: O débito do RPPS do Itaú ainda rende

Nessa segunda-feira 17, rolou nas redes sociais no Itaú RN, um vídeo em que o vereador a época Gildo Pinheiro, joga um microfone ao chão numa sessão da câmara.
Entrei em contato com Gildo Pinheiro, hoje pré candidato a uma vaga no legislativo pra saber o real motivo daquela situação e ele concedeu uma entrevista ao blog João Moacir na qual falou sobre a previdência própria dos servidores do Itaú, gestões passadas, colegas do legislativo e até da atual gestão gestão pra esclarecer o episódio no qual ele jogou o microfone.
Confira a entrevista abaixo na íntegra:

Qual a pauta daquela sessão a época?
Gildo Pinheiro: Tratava-se do débito do RPPS (Regime Próprio de Previdência Social).

Quando se iniciou esse débito?
Gildo Pinheiro: Iniciou-se no ano de 2012, quando o prefeito era Edson Melo, fez um desvio de mais de 100 mil reais.

Os vereadores se manifestaram na época?
Gildo Pinheiro: Não. Esse débito foi feito nos últimos dois meses de 2012 quando a câmara tinha entrado recesso.

Quando voltaram do recesso foi tomado alguma providência?
Gildo Pinheiro: Sim, com a bancada de vereadores renovada, foi pedido explicações, pois o desvio já tinha aumentado com dois meses da administração de Ciro Bezerra.

A dívida foi renegociada ?
Gildo Pinheiro: Sim, foi feito o primeiro parcelamento para o resto de seu mandato e o débito já ultrapassava a cifra de meio milhão.

A dívida foi solucionada com esse parcelamento?
Gildo Pinheiro: Não. Pelo contrário, ela tornou-se uma dívida milionária, onde eu fiz o pedido da primeira CPI, onde inexplicavelmente sete vereadores foram contra, e tivemos apenas duas assinaturas: a minha e a de Jailson Brito, vereador a época, ao qual eu parabenizo pela atitude, por ser da base do prefeito e ter assinado a CPI.

Houve mais parcelamento?
Gildo Pinheiro: Sim, já no segundo mandato de Ciro Bezerra houve mais tentativas de renegociação, todas em vão e só o rombo aumentando, chegando a passar da casa dos três milhões de reais.

E os demais vereadores como se comportavam?
Gildo Pinheiro: Nesses conluios um prefeito nunca tá só, e então continuou sendo sustentado por sete vereadores, apenas saiu de cena Jailson Brito e na defesa do povo ficou só eu e Arivan Brasil. Quando entrou o ano de 2019, a dívida já ultrapassava os três milhões de reais, quando houve uma discussão calorosa numa sessão da câmara com a presença do prefeito e os nove vereadores.

Foi naquele episódio do microfone jogado ao chão?
Gildo Pinheiro: Sim.

Porquê?
Gildo Pinheiro: Porque o presidente da câmara a época, Zé Filho Melo, com seu instinto de ditador, não me deixou fazer a réplica da minha fala, agredindo o regimento interno da casa, onde por diversas vezes já tinha negado a réplica também a Arivan Brasil que sempre estava em defesa do povo.

Além do presidente Zé Filho, quem eram os demais vereadores da base que davam apoio ao prefeito?
Gildo Pinheiro: Ítalo Medeiros, Vanilma Brasil, Branco Basílio, Alex Brasil, Antônio Dias, Paulo Moreira, esses era a base que davam sustentação ao prefeito nos desvios do RPPS.

E no final do mandato de Ciro Bezerra esse débito ainda não estava solucionado?
Gildo Pinheiro: Nos últimos meses da administração de Ciro Bezerra, o rombo já estava ultrapassando a casa dos 4 milhões, onde desesperadamente foi lançado uma CPI apenas com intuito eleitoreiro, onde recebemos apoio do vereador Alex Brasil que se preparava pra concorrer ao pleito majoritário, onde já não havia mais tempo hábil para tramitar essa CPI.

Ao final do mandato de Ciro Bezerra, esse débito chegou a quanto?
Gildo Pinheiro: Vamos ser bem claro, o rombo do RPPS chegou a exatos 4.625.000,00 (quatro milhões, seiscentos e vinte e cinco mil reais).

Com a chegada de André Júnior, prefeito eleitoral em 2020, o débito do RPPS foi solucionado?
Gildo Pinheiro: Sim. Esse fardo foi dividido para a prefeitura, os aposentados e servidores da ativa.

O que você tem a dizer a respeito de tudo isso?
Gildo Pinheiro: Tenham mais cuidado na hora de escolher os seus representantes, pois tem muitos cantando de bom moço, quando seu passado nunca foi de representar a população e sim suas famílias com bons empregos.

Gildo Pinheiro vai concorrer mesmo esse ano?
Gildo Pinheiro: Sim. No meu estilo de trabalho sério e honesto voltarei a ser vereador se for a vontade de Deus e do povo.

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