Envenenamento foi confirmado nesta terça (13) após conclusão do laudo pericial. Pai desapareceu após o crime e foi encontrado morto dias depois.
O bebê de 1 ano e 8 meses morto na cidade de Triunfo Potiguar, no interior do Rio Grande do Norte, foi envenenado com um inseticida. A informação foi confirmada nesta terça-feira (13) pela Polícia Civil, após conclusão do laudo pericial.
Aslan Gael Ferreira Ramalho morreu no dia 27 de abril. O principal suspeito de ter cometido o crime, segundo a polícia, é o pai dele, Alan da Silva Ferreira, de 31 anos, que foi encontrado morto dias depois na própria cidade.
Segundo Polícia Civil, o pai teria colocado um inseticida conhecido como terbufós em um açaí consumido pela criança.
A suspeita é que o crime tenha sido motivado por Alan não aceitar o fim do relacionamento com a ex-mulher, mãe do bebê (veja detalhes mais abaixo).
"Os mesmos vestígios que foram encontrados na cena do crime, no pote de açaí que foi oferecido para a criança, no vômito, são compatíveis com o mesmo inseticida que foi confirmado em laudo, a partir do exame do cadáver", explicou o delegado Gabriel Napoli, que investiga o caso.
"O cadáver foi examinado no dia, foram recolhidas amostras do sangue, do estômago da criança e realmente foi confirmado: foi inseticida, um organofosforado", completou.
Um caso semelhante foi registrado em Natal neste mês, quando uma bebê de oito meses morreu após comer um açaí e uma granola que estavam envenenados com chumbinho. (Veja mais detalhes aqui).
Caso praticamente encerrado, diz delegado
O pai da criança, Alan da Silva Ferreira, teve o corpo, em avançado estado de decomposição, encontrado por agricultores na zona rural de Triunfo Potiguar no dia 3 de maio.
O homem estava desaparecido desde o dia da morte do filho. Ao lado do corpo dele, foram encontrados um serrote e duas facas.
Para a polícia, o pai envenenou e matou o filho e depois cometeu suicídio. Falta apenas, para concluir o caso, o laudo pericial do corpo do pai, de acordo com o delegado Gabriel Napoli.
"A investigação, então, está praticamente encerrada, concluída. O pai realmente envenenou a criança e se suicidou depois", explicou.
"O laudo do do pai ainda não foi concluído, mas tudo indica que ele se suicidou mesmo. Essa é a conclusão final da investigação".
Inseticida terbufós: altamente tóxico
O inseticida com o qual o bebê foi envenenado é o terbufós. Segundo o laudo do Itep, ele é "altamente tóxico" e classificado como "extremamente perigoso" pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Os efeitos biológicos do terbufós em humanos são graves e podem ocorrer por exposição aguda ou crônica", citou o documento.
Fonte: G1
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