Colégio Geo fecha as portas após 20 anos atuando na educação mossoroense

Depois de 20 anos atuando no cenário da educação mossoroense o Colégio Geo anuncia encerramento das atividades. A instituição de ensino que por muitos anos era considerada uma das melhores escolas da cidade, chegando a ter um de seus alunos, Ney Júnior, que hoje é anestesiologista, aprovado em primeiro lugar em medicina no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), além de ter sido o primeiro lugar geral do vestibular naquele ano.

Proprietário da marca Geo há 17 anos, Sávio Garcia, aponta como uma das principais causas do fechamento da escola os grandes níveis de inadimplência,que segundo ele chegaram a atingir média de 50% após o anúncio nas salas de aula de que as atividades seriam encerradas definitivamente após o término do ano letivo. Os 50% de inadimplência representam cerca de R$ 250 mil mensais, que estavam deixando de entrar na receita da escola.

O Geo foi fundado pela Matriz das Escolas Reunidas de Mossoró, entidade mantenedora do Colégio, que concedeu ao atual proprietário o direito de administrar a estrutura. “Eu ganhei o colégio”, enfatiza.

Sávio Garcia também comenta que além da inadimplência, as novas exigências do como a questão da acessibilidade das instalações e a necessidade de se adequar ao Habite-se, certificação conferida pelo Corpo de Bombeiros.

“Para adaptar toda a estrutura as novas exigências seria necessário investir mais R$ 250 mil, além dos R$ 2 milhões que a gente já tinha investido ao longo dos anos. Esse foi o motivo que levou a decisão de fechar as portas. A partir daí ficou decidido deixar de pagar o aluguel de R$ 6 mil, em março deste ano. E o proprietário do terreno chegou a pedir que o aluguel fosse reajustado para R$ 12 mil”, conta.

Em visita ao colégio a reportagem do Defato.com pode perceber a tristeza entre alunos, professores e diretoria do colégio. Para se despedir da escola alguns alunos escreviam mensagens nas paredes dos corredores e relembravam bons momentos vividos no colégio.

Fonte: Jorna de Fato