Social Icons

sexta-feira

Advogada tenta entrar com 286 chips e 24 celulares na PCE e é presa

A advogada Elvira Kelli de Almeida Cruz foi presa em flagrante tentando entrar com chips, celulares e drogas na Penitenciária Central do Estado (PCE). O crime aconteceu na tarde desta quarta-feira (5).
Elvira estava com 286 chips, 24 celulares, oito carregadores, quatro fones de ouvido e um adaptador de cartão de memória, além de entorpecentes. Tudo dentro de sua bolsa.
Na hora da revista pessoal na entrada do presídio, a advogada se negou a entregar sua bolsa aos agentes sob a alegação de que na sacola haveria somente material de trabalho. Os advogados em visita aos clientes tem a prerrogativa de não passar pela revista.
Contudo, Elvira já era monitorada há um mês pelos agentes do Sistema de Operações Especiais (SOE), pois a advogada sempre se utilizava do mesmo argumento para impedir a revista, de acordo com a assessoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Segundo os agentes penitenciários, a advogada teria deixado os utensílios no banheiro para um reeducando que trabalha na limpeza do presídio levar até os raios 2 e 3. Devido ao monitoramento do SOE, os agentes fizeram um varredura no local e encontraram celulares e drogas no local.
Com isso, foi dada voz de prisão à advogada que foi encaminhada ao CISC Planalto. Antes de ser levada, ela entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e pediu que algum representante fosse acompanhá-la.
Na delegacia, Elvira disse apenas que os celulares, chips e carregadores não pertenciam a ela e que armaram o caso para tentar incriminá-la. “Eu fui visitar meus clientes. Entrei no banheiro e quando sai falaram que eu tinha levado esses negócios pra lá. Eu sou inocente”, afirmou a advogada.
Já o reeducando Luciano de Arruda que estaria dando apoio a advogada disse, apenas, que "não sei de nada, só entrei no banheiro para fazer necessidades e quando sai me disseram que eu estava preso”, contou. Luciano foi condenado por homicídio e cumpre pena há dois anos na PCE.
Sobre o posicionamento da OAB quanto ao caso, a advogada da acusada, Carla Rocha, afirmou que “por enquanto a OAB não vai se pronunciar porque estão tomando pé da situação agora”. 
Por enquanto, a advogada permanece no Cisc e o delegado vai decidir se a acusada será liberada ou encaminhada para a Polinter. A delegacia do Planalto continuará as investigações sobre o caso.

OUTROS CRIMES

Este não é o primeiro crime da advogada Elvira Kelli. Em Rondônia, ela foi condenada pelo Tribunal de Justiça por falsificação de documentos públicos.
Na ocasião, ela falsificou uma procuração pública que contou com os requisitos superficiais de legitimidade, como o selo verdadeiro do tabelionato utilizado indevidamente e o suposto visto da tabeliã substituta, cuja assinatura provou-se ter sido falsificada. Pelo crime, a advogada foi condenada a dois anos de reclusão, mas a pena foi substituída por prestação de serviço à comunidade.
Sobre este caso, nenhuma das advogadas preferiu não se pronunciar.

Fonte: Hiper Notícias

Nenhum comentário: