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sexta-feira

Vereador e pastor é preso suspeito de cobra parte de salários de assessores

Vereador de Ituiutaba é preso suspeito de cobrar “rachadinha”. Investigações do Gaeco de Uberlândia apontam que Pastor Amaury (PSD) ficava com cerca de 50% dos salários dos assessores.
O vereador Pastor Amaury (PSD) foi preso na cidade de Ituiutaba na tarde desta quarta-feira (24) suspeito de participar do esquema ilegal conhecido por “rachadinha”. A prisão em flagrante ocorreu durante a Operação “Dízimo” do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia.
A denúncia foi feita ao núcleo do Ministério Público Estadual (MPE) no mês passado levando em consideração que o vereador cobrava de volta cerca de 50% dos salários pagos aos assessores parlamentares do gabinete dele. Ele foi preso no local e conduzido para a sede do MPE onde será lavrado o auto de prisão em flagrante. Em seguida, será encaminhado para o Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia.
Amaury Braz de Oliveira, de 66 anos, foi eleito por média nas últimas eleições municipais com 732 votos. Ele foi o candidato eleito menos votado, ficando em 24º lugar.
De acordo com o coordenador do Gaeco, Daniel Martinez, o crime era praticado contra dois assessores e a secretária de gabinete do vereador. “Um dos assessores chegava a devolver um pouco mais da metade do salário mensalmente. Essa prática estaria ocorrendo desde o início do mandato, em 2017, e a cobrança era feita em dinheiro ou sob pagamento de contas do vereador, que entregava os boletos aos funcionários”, comentou o promotor de Justiça.
Os valores inicialmente apurados com a cobrança da “rachadinha” chegam a aproximadamente R$ 130 mil. Ele foi flagrado no gabinete, nesta tarde, após receber parte do salário mensal de um dos assessores.
O caso agora será repassado à Polícia Civil para conclusão do inquérito. O vereador deverá ser indiciado pelo crime de concussão (exigir vantagem indevida em virtude de cargo político) cuja pena prevê reclusão de dois a oito anos em caso de condenação.
Martinez explicou que o ato não configura corrupção porque nesse caso não houve solicitação da vantagem indevida, mas sim a exigência mediante ameaça. “Aqui a ameaça se configura porque ele dizia que eles perderiam o emprego caso não repassem o dinheiro”, disse.
As investigações por parte do Gaeco continuam para apurar outros envolvidos no esquema na Câmara Municipal de Ituiutaba. O Diário de Uberlândia tentou contato no gabinete do vereador para localizar a defesa dele, bem como no Legislativo local, porém as ligações não foram atendidas.

Fonte: Diário de Uberlândia

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