No sítio Poço Verde, município Riacho da Cruz, na região do Alto Oeste potiguar, o agricultor familiar Miguel Carlos resolveu apostar em mais um produto para agregar renda à sua família: a rapadura artesanal. O engenho, localizado na propriedade, foi criado em 1974, mas após alguns anos inoperante, passou por uma recente reforma e foi reaberto em setembro.
“Como o retorno da produção foi agora no final do mês de setembro, conseguimos fabricar cinco mil rapaduras na semana”, destacou o agricultor. A produção está sendo comercializada em Riacho da Cruz e municípios vizinhos.
Miguel aliou a produção da rapadura ao plantio de diversas culturas, como milho, feijão, batata doce, banana e melão. Na pecuária, ele mantém a criação de bovinos, caprinos e ovinos. Por meio da assistência técnica do escritório local da Emater-RN e do Regional de Umarizal, a família teve uma barragem subterrânea implantada na propriedade e, desde o final do ano passado, o cultivo de cana de açúcar está se expandindo.
PRODUÇÃO
A rapadura é um doce tradicional, 100% natural, nutritivo e repleta de benefícios para saúde humana. A produção leva cerca de dois dias.
O processo de fabricação da rapadura inicia com o corte da cana de açúcar, que é transportada com auxílio de animais. A cana chega ao engenho, é moída e o caldo é levado para um tacho (tanque) de recebimento, onde é aquecido em caldeiras. Após esse aquecimento, com auxílio de uma escumadeira ou concha, são retiradas as impurezas e realizada a limpeza do caldo, que continua recebendo aquecimento de 120°c até chegar ao ponto de apuração ou cozimento final.
Após essa etapa, a massa cozida é retirada do tacho com o auxílio de uma concha e é colocada em cochos de madeira, agitada e, com o uso de uma régua de madeira ou espátula, é feito o processo de resfriamento até que atinja condições de se modelar o doce. Após resfriado, é colocado em formas para modelagem do produto final, a rapadura.
Fonte: Blog do Capote
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