O Superintendente da Polícia Técnico Científica do Estado de São Paulo afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (15), que a posição em que os corpos das vítimas foram encontrados demonstra que os passageiros devem ter sido alertados pela cabine de comando sobre uma iminente queda.
O avião que caiu na sexta-feira (9) com 62 pessoas a bordo em Vinhedos, no interior de São Paulo, ficou completamente destruído. Nenhum ocupante da aeronave sobreviveu.
De acordo com Claudinei Salomão, essa possibilidade – que só deve ser confirmada pelo laudo preliminar que será emitido pelo Cenipa – surge pelo fato de que grande parte dos corpos foi encontrada abraçando as pernas, com a cabeça baixa.
Essa posição é chamada de “brace”, quando passageiros colocam a cabeça entre os joelhos e abraçam as pernas a fim de diminuir os impactos de uma possível “aterragem” forçada.
“Essa posição em que grande parte dos corpos foram encontrados favoreceu muito o trabalho pericial, pois as mãos estavam íntegras. Isso oportunizou que a identificação papiloscópica fosse feita, reconhecendo as vítimas através das digitais” disse Salomão. A identificação dos passageiros e tripulantes foi concluída nesta quarta-feira (14).
A tendência é que a cabine de comando da aeronave, por meio do copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva e do piloto, Danilo Santos Romano, tenha alertado os passageiros sobre a tendência da aeronave cair.
Além disso, a Polícia Científica do Estado de São Paulo garante que é muito provável que nenhuma das 62 vítimas tenha enfrentado qualquer tipo de sofrimento.
“Uma queda de quatro mil metros em menos de dois minutos faz com que o corpo humano sofra movimentações tão sérias que levam ao desmaio. A morte de todos ocorreu na batida, através dos inúmeros traumas sofridos, mas a tendência é que todos já estivessem desmaiados” afirmou o superintendente.
Fonte: CNN
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