O ex-empresário do forró e ex-presidente de clube de futebol Emanuel Gurgel foi denunciado pelo crime de importunação sexual. A denúncia foi feita pelo Ministério Público nesta terça-feira (15) pelo crime ocorrido em 19 de junho, quando uma mulher o denunciou por ser tocada nas partes íntimas sem o consentimento dela.
O g1 tenta contato com a defesa de Gurgel para comentar a denúncia do Ministério Pública. Em junho, quando o empresário era investigado pela Polícia Civil, os advogados negaram o crime. "Não houve qualquer tipo de postura indevida", disseram.
"Ele afirma que é inocente que a verdade prevalecerá. E agradece o apoio de todos durante este momento. Os advogados de Emanoel esclarecem ainda que o inquérito corre em segredo de justiça e que seu cliente ainda não foi notificado da suposta acusação", dizia um trecho da defesa.
O caso aconteceu às 5h25 do dia 19 de junho e foi registrado pelas câmeras de segurança. A vítima, identificada como Maria Palmira Silva, entra no elevador primeiro, e pouco depois Gurgel entra também. Eles conversam brevemente e, em seguida, o empresário pega na mão de Palmira. Logo depois, ele apalpa os seios dela, segundo relato da vítima.
O ex-empresário do forró Emanuel Gurgel de Queiroz, de 71 anos, é natural do município de Jaguaribe, no interior do Ceará. Emanuel Gurgel se destacou na década de 1990, quando começou a investir em bandas de forró e foi apontado como o precursor do forró eletrônico no país.
Antes de virar empresário, Gurgel foi camelô. Também vendeu roupas com a mãe pelos bairros de Fortaleza, foi árbitro de futebol e professor de educação física.
Ele é o criador da Banda Mastruz com Leite, conhecida nacionalmente e com mais de 30 anos de carreira. Além disso, chegou a administrar um conglomerado de bandas de forró, com 11 grupos musicais.
Além do meio musical, Gurgel também foi presidente do Ceará Sporting Club e, atualmente, possui negócios voltados para radiodifusão. O ex-empresário é casado há 25 anos e pai de sete filhos.
Investigação
A Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou ao g1 em julho que Maria Palmira procurou a Delegacia de Defesa da Mulher após a ocorrência.
Ao g1, o advogado de Maria Palmira, Nasareno Saraiva, afirmou que pediu a prisão preventiva de Gurgel. Após a denúncia, a idosa deixou o edifício e está recebendo assistência psicológica por parte da equipe da DDM.
Já a assessoria jurídica e de comunicação de Emanoel Gurgel disse que o empresário "tentou apenas alertar a senhora sobre os riscos do tabagismo, citando que seu próprio pai faleceu devido a isso. Não houve qualquer tipo de postura indevida".
"Ele só estava num diálogo com ela sobre tabagismo. Quando ele pega na mão dela, ele diz: 'Olha, você está fumando esse horário da manhã'. Realmente a gente não pode adentrar nos fatos e o que realmente aconteceu ali. É importante que ele seja ouvido para que ele fale detalhes do que aconteceu naquela conversa", afirma a advogada Iolanda Medeiros.
A nota destaca também que Emanoel "está cooperando integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos".
Fonte: G1
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