Social Icons

sexta-feira

Conheça adolescente considerada a menor bebê prematura a sobreviver no RN; ela precisa de transplante de rim

Thalyta Vitória, de 16 anos, nasceu de 5 meses e com 400 gramas. Ela anda de cadeira de rodas e faz hemodiálise três vezes por semana e tem o sonho de ter 'uma saúde boa'.
A adolescente natalense Thalyta Vitória, de 16 anos de idade, é tida como a menor bebê que sobreviveu no Rio Grande do Norte após um parto prematuro: ela nasceu de 5 meses e pesando apenas 400 gramas na Maternidade Escola Januário Cicco.
A prematuridade não impediu o crescimento da menina, mas deixou sequelas que atrapalharam o desenvolvimento. Hoje, por exemplo, ela anda de cadeira de rodas e faz hemodiálise três vezes por semana.
Thalyta se prepara neste ano para realizar um transplante de rim, que vai ser realizado pelo SUS, mas em um centro de referência no Rio Grande do Sul, segundo o recomendado pela equipe de saúde que a acompanha.
A família, portanto, abriu um financiamento coletivo para custear a ida dos pais e dos irmãos para acompanhar a menina durante esse período e na recuperação após a operação. O objetivo arrecadar R$ 100 mil até junho para medicamentos, fraldas e despesas básicas para toda a família (veja mais detalhes no final da reportagem em vídeo).
"Um dos primeiros sonhos, se Deus quiser, que está prestes a se realizar, é fazer meu transplante de rins e depois sair dessa cadeira de roda", disse Thalyta.
"Desde quando eu completei a uma idade que comecei a entender as coisas, o meu sonho se tornou ter uma saúde boa e poder andar. Esse é meu maior sonho no momento", completou a adolescente.

23 cirurgias ao longo da vida
A doença renal crônica da qual sofre a adolescente potiguar comprometeu 93% da função dos rins. Ela também sofre com bexiga neurogênica crônica.
Segundo a equipe de saúde do Hospital Universitário Onofre Lopes, a adolescente precisa primeiro realizar uma cirurgia para corrigir o tamanho da bexiga antes de realizar o transplante de rim. A recomendação é que os dois procedimentos sejam feitos no Rio Grande do Sul.
"Os órgãos foram se formando ali tudo mal formado e teve muitas sequelas. Hoje Thalyta precisa de uma máquina [hemodiálise] para sobreviver e passou por várias cirurgias também", disse a mãe, a dona de casa Rayane Cristina.
Ao longo dos anos, a menina já passou por 23 cirurgias, incluindo a retirada de mais de 100 pedras da vesícula.
"Pra mim tudo é muito difícil, tudo é muito complicado. A minha rotina também, cada dia muda algo da minha rotina. E não é fácil, hemodiálise também me debilita muito. E é bem complicado no geral, sabe? Eu só peço muita força a Deus. A minha família também me ajuda bastante, mas vou ser sincera, fácil não é, de maneira nenhuma", disse a Thalyta.

Rotina difícil
Sem acesso ao programa de acessibilidade Porta a Porta (Prae), a família precisa sair de casa a pé carregando Thalyta na cadeira de rodas para subir e descer escadas e ladeiras até a unidade de saúde. O trajeto é todo no bairro da Ribeira, na Zona Leste de Natal.
Outro problema enfrentado recentemente foi a falta de um medicamento, o calcitrol, para dores nos ossos, que, segundo a família, apresenta falta na Unicat há pelo menos três meses. A menina usa quatro vezes por semana, seis comprimidos.
"É o comprimido dos ossos, que manda cálcio para ossos, que hoje os rins não liberam mais. Então, é muita dor. É dores todos os dias, assim. Não tem remédio que passe essas dores", contou a mãe, Rayane Cristina.

Fonte: G1

Nenhum comentário: