O vereador João Pereira da Silva, conhecido por "Júnior da Agrovila", usou meses atrás, a tribuna da câmara de vereadores de Jericó, onde foi eleito para representar todos os munícipes, afirmou que os usuários de drogas daquela cidade, são de classe baixa. Ou seja, o cidadão que ocupa uma cadeira no parlamento, Júnior da Agrovila, veementemente assegurou, que a classe baixa é quem produz os usuários de drogas.
Esquece o vereador Júnior da Agrovila, que em todo e qualquer cidade do mundo, seja em classes A, B, C e de todo o alfabeto, existem pessoas que são dependentes químicos. Seres humanos, que não são somente da classe mais baixa.
Na mesma sessão, onde o vereador trocou siglas e inverteu o papel das instituições que devem arcar com gastos de combustível, misturando assuntos e mostrando-se totalmente leigo com o tema, Júnior da Agrovila chegou a citar uma verdadeira aberração, quando disse que as mulheres da classe baixa, REPRODUZEM FEITO ANIMAIS...
Mulher é ser humano dos mais finos e importantes que há. É a fonte da vida e concede-nos o tão sagrado direito de vir ao mundo. E ser comparada a animal, é uma ofensa sem tamanho. Mulheres geram filhos e esse é um dos ensinamentos mais honrosos que existem. É bíblico, conforme o livro de "Gênesis", que diz: criou Deus, pois o homem, a Sua imagem, a imagem de Deus o criou, homem e mulher, os criou; e Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, e enchei a terra. Deus planejou a família, deu ao homem e a mulher, a condição de gerarem filhos.
Mais um engano descabido do vereador Júnior da Agrovila.
Conhecemos famílias que pertencem as classes mais elevadas, na escala jocosa de separação por renda, que têm descendentes em bom número. Isso não é uma prerrogativa somente de classe baixa.
Classe baixa essa, que tem o peso do seu voto, exatamente igual aos indivíduos da classe mais alta. Afirmar que são da classe mais baixa, as mulheres que se prostituem, é mais um dos inúmeros enganos que o vereador Júnior da Agrovila comete. Pois existem inúmeras mulheres que são profissionais do sexo, de classe diversas, inclusive até daquela que está no topo da pirâmide em termos de renda média. A profissional do sexo, não é regulamentada, mas é reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) com o código 5198-05. Isso significa que a atividade não é considerada crime, desde que não haja a exploração sexual e o exercício da profissão por menores de idade. Estas sim, são ilegais. Embora não seja regulamentada, a profissão tem direitos e deveres, e a busca por melhores condições de trabalho e proteção legal é uma luta constante.
Quem se propõe a representar uma população, deve inicialmente estudar seus posicionamentos numa tribuna, para não tecer comentários que constranja e menospreze seja que classe for.
Fonte: RN Politica em Dia
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